Um país menos português na CPLP publicado em Its PR Stupid em 24/10/2010
A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres de África e o que mais sentiu o abandono, enquanto ex-colónia, de Portugal.
Carlos Gomes Júnior, o actual PM, pessoa com quem trabalhei, em Lisboa, na maior vitória de sempre do PAIGC é das poucas pessoas capazes de fazer a ligação com o nosso país.
A Guiné-Bissau é cada vez mais um estado francófono, um estado à deriva, um estado ingovernável. Precisa de investimento, mas as constantes crises políticas e a influência do narcotráfico impedem que qualquer empresário assuma ali um risco, que é sempre elevado.
Nesta notícia, lê-se a saída dos investimentos da PT naquele território. É o adeus português definitivo, num país que ainda há pouco tempo - me dizia o ministro dos Recursos Naturais, Óscar Barbosa - precisava de dois geradores em segunda mão, pois não havia luz na capital a partir das sete da tarde.
Guiné-Bissau à beira da desgraça
A Guiné-Bissau parece que já não é país, mas sim uma espécie de terra rodeada de droga por todos os lados. Drogas, de várias espécies e feitios.
Há umas que querem ser presidentes de república mesmo que seja só de bananas e papaias, outras que querem ser chefes de governo mesmo que os ministros sejam estivadores e há ainda outras drogas que matam que se fartam e não dão satisfações a ninguém.
E aqui é que a porca guineense torce o rabo, porque muitos dirigentes políticos andam a perguntar todos os dias quem e como se matou tanta gente de topo nos últimos tempos. Possivelmente, afectado com tantas perguntas, o Presidente da República sentiu-se mal e já foi, mais uma vez, evacuado para o Senegal. Há quem diga para não ser morto também.