Sebastião Isata pede apoio internacional para Bissau

Sebastião Isata quer mais apoio da comunidade internacional para a Guiné-Bissau
Fotografia: Joaquim Aguiar
O representante permanente da União Africana na Guiné-Bissau, o angolano Sebastião Isata, considerou, ontem, em Abuja, Nigéria, “um imperativo categórico para todos os Estados Membros da União Africana” a ajuda ao país.

“O problema da Guiné-Bissau deve preocupar toda a África e todos os países africanos com capacidade técnica, financeira e logística devem contribuir para a sua resolução, independentemente da sua localização geográfica ou da comunidade económica a que pertencem” disse o diplomata em declarações à imprensa.

Sebastião Isata falava na quarta-feira como representante do Presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, no 28º Encontro Ministerial de Mediação e Conselho de Segurança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decorre na Nigéria e analisa o relatório duma reunião extraordinária conjunta dos Comités das Chefias Militares e das Chefias dos Serviços de Segurança da CEDAO sobre a aceleração das reformas na Guiné-Bissau. 
O ministro da Defesa Nacional, Cândido Pereira Van-Dúnem, chefia uma delegação angolana que participa no encontro, que termina no dia 28 do corrente. Sebastião Isata disse que a União Africana reiterou em Abuja o apreço pelo apoio financeiro de Angola e da China à reforma do sector de defesa e segurança na Guiné-Bissau e convidou os outros países a seguirem o exemplo. 
Angola já disponibilizou 35 milhões de dólares americanos e a China anunciou o desembolso de 12 milhões.

O diplomata actualizou os participantes sobre o evoluir da situação na Guiné-Bissau desde a sua chegada ao país, no início de Outubro passado, e informou-os sobre o desfecho da última sessão especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Guiné-Bissau, decorrida a 5 do corrente. 
No entender do diplomata, o Conselho de Segurança da ONU deve assumir a responsabilidade da manutenção da paz e segurança internacionais e escolher entre prosseguir o compromisso de ajudar o povo da Guiné-Bissau ou abandoná-lo a uma sorte desconhecida.

No 26º encontro, que decorreu em Dezembro de 2008, em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, o Conselho adoptou medidas para reforçar o dispositivo de segurança na Guiné-Bissau, proteger o então Presidente Nino Vieira e as Instituições do país, mas as medidas fracassaram.

O Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO é composto pelos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 15 países membros da organização, Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Ghana, Guiné Equatorial, Guiné Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.

Além do ministro Cândido Van-Dúnem, integram a delegação angolana o chefe de Estado-Maior General adjunto das Forças Armadas Angolanas, Jorge Barros Nguto, o chefe da direcção para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), Nelson Cosme, oficiais superiores e altos funcionários dos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, bem como das Forças Armadas Angolanas
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