16-12-2010
Guiné-Bissau: Familiares de “Nino” Vieira acusam Governo de obstrução à justiça
Os familiares e amigos de personalidades políticas da Guiné-Bissau assassinadas em 2009, entre as quais o ex-presidente ‘Nino' Vieira, acusaram o Governo de obstrução à justiça, devido à falta de verbas para as investigações.
Falando em nome dos familiares, o antigo secretário de Estado da Cooperação guineense, Roberto Ferreira Cacheu, afirmou que se até hoje as investigações não avançaram na procuradoria "é porque há uma manifesta obstrução à justiça por parte do Governo".
Roberto Cacheu apontou o facto de o Ministério Público estar a funcionar "há mais de seis meses sem o fundo de maneio", para afirmar que o Executivo guineense não pretende ver aceleradas as investigações aos assassínios de ‘Nino' Vieira, Tagmé Na Waié (ex-chefe das Forças Armadas), Baciro Dabo (ex-candidato presidencial) e Hélder Proença (ex-ministro e deputado).
"Estamos a trabalhar para a reconciliação nacional, para nos perdoarmos mutuamente, mas perdoar quem ou reconciliar sem justiça?", afirmou Roberto Cacheu, anunciando que o grupo irá levar a preocupação ao Presidente guineense, Malam Bacai Sanha.
"Vamos pedir a intervenção do Presidente. Que faça as diligências necessárias, para que se responsabilize pela justiça e estabilidade do país", disse Roberto Cacheu, criticando o Governo por estar a "distribuir subsídios aos membros do executivo" quando podia encaminhar essas verbas para a Procuradoria-Geral da República.
Também em representação dos familiares e amigos de políticos assassinados em 2009, o advogado Abdu Mané, antigo ministro das Pescas no Governo de ‘Nino' Vieira, considerou que foram esgotados todos os prazos previstos na lei para a conclusão das investigações.
"Os prazos dos inquéritos têm a duração máxima de seis meses, mas esses prazos foram largamente ultrapassados", afirmou Abdu Mané, instando o Procurador a acusar os processos "dentro de um prazo razoável", caso contrário, notou, os familiares poderão tomar a iniciativa de, através dos assistentes judiciais, avançarem com as acusações.
Por seu lado, o advogado Armando Procel, antigo ministro da Justiça no Governo de ‘Nino' Vieira, explicou que o Ministério Público ainda espera pelos relatórios médicos sobre os assassínios das quatro figuras políticas.
Falando em nome dos familiares, o antigo secretário de Estado da Cooperação guineense, Roberto Ferreira Cacheu, afirmou que se até hoje as investigações não avançaram na procuradoria "é porque há uma manifesta obstrução à justiça por parte do Governo".
Roberto Cacheu apontou o facto de o Ministério Público estar a funcionar "há mais de seis meses sem o fundo de maneio", para afirmar que o Executivo guineense não pretende ver aceleradas as investigações aos assassínios de ‘Nino' Vieira, Tagmé Na Waié (ex-chefe das Forças Armadas), Baciro Dabo (ex-candidato presidencial) e Hélder Proença (ex-ministro e deputado).
"Estamos a trabalhar para a reconciliação nacional, para nos perdoarmos mutuamente, mas perdoar quem ou reconciliar sem justiça?", afirmou Roberto Cacheu, anunciando que o grupo irá levar a preocupação ao Presidente guineense, Malam Bacai Sanha.
"Vamos pedir a intervenção do Presidente. Que faça as diligências necessárias, para que se responsabilize pela justiça e estabilidade do país", disse Roberto Cacheu, criticando o Governo por estar a "distribuir subsídios aos membros do executivo" quando podia encaminhar essas verbas para a Procuradoria-Geral da República.
Também em representação dos familiares e amigos de políticos assassinados em 2009, o advogado Abdu Mané, antigo ministro das Pescas no Governo de ‘Nino' Vieira, considerou que foram esgotados todos os prazos previstos na lei para a conclusão das investigações.
"Os prazos dos inquéritos têm a duração máxima de seis meses, mas esses prazos foram largamente ultrapassados", afirmou Abdu Mané, instando o Procurador a acusar os processos "dentro de um prazo razoável", caso contrário, notou, os familiares poderão tomar a iniciativa de, através dos assistentes judiciais, avançarem com as acusações.
Por seu lado, o advogado Armando Procel, antigo ministro da Justiça no Governo de ‘Nino' Vieira, explicou que o Ministério Público ainda espera pelos relatórios médicos sobre os assassínios das quatro figuras políticas.
16-12-2010, 12:53:19
Fonte: Agência Lusa/Expresso das Ilhas
Fonte: Agência Lusa/Expresso das Ilhas