"Contos do Mar Sem Fim" - Antologia de Contos de Angola, Brasil e Guiné-Bissau


Quem somos?

Ku Si Mon é a primeira e a única editora privada guineense. Foi criada em Bissau em 1994, a seguir à liberalização política e à instauração do multipartidarismo.

Os seus principais domínios de intervenção são a literatura (romances, contos, ensaios), a tradição oral (recolhas de contos, provérbios, adivinhas) e a linguística (dicionários analó­gicos bilingues). Publica textos em português e edições bilingues criol-francês e criol-português. Ocasionalmente tem patrocinado eventos artísticos (exposições).

A editora funciona através do trabalho não remunerado dos seus membros, que executam todas as fases da edição prévias à impressão. As despesas de funcionamento são igualmente suportadas pelos seus membros, que aplicam as receitas na edição de novos títulos.

Nos quatro primeiros anos da sua existência, Ku Si Mon Editora publicou cerca de uma vintena de títulos. Durante a guerra de 1998-99 a sua sede foi bombardeada, tendo perdido boa parte do seu património.

Em 2003, a editora retomou os seus trabalhos com a publicação do livro “Contos da Cor do Tempo”, uma colecção de doze contos, editada especialmente para celebrar os seus 10 anos de existência.

Ku Si Mon Editora é membro fundador da “Aliança dos Editores Independentes”, uma asso­ciação internacional que congrega 75 editores de 42 países, sedeada em Paris.

Novos livros

Contos do Mar sem Fim

Antologia de contos de Angola, Brasil e Guiné-Bissau

Esta publicação é o resultado de um trabalho de quase quatro anos desenvolvido por três editoras privadas de Angola (Chá de Caxinde), do Brasil (Pallas Editora) e da Guiné-Bissau (Ku Si Mon Editora), no âmbito da colaboração estabelecida como membros da “Aliança dos Editores Independentes”. A obra, dividida em três partes, apresenta textos produ­zidos por contistas destes três países, num total de dezasseis contos. Na palavras da Profa Laura C. Padilha, “… no plano do discurso e do paisagismo por ele criado, os contos viram cantos e, com eles, nos abrimos para a incrível festa de uma leitura, acima de tudo, prazerosa. Tal se justifica pelo facto de que, pelas malhas dos textos, se cria uma espécie de roda na qual ouvimos e vemos vozes e passos de homens e mulheres para os quais, sejam eles angolanos, guineenses ou brasileiros, o importante, como ensinou Agostinho Neto, é saber que, para além dos caminhos do mar, é preciso buscar o caminho das estrelas.”

A Estátua Perdida

Raul Mendes Fernandes

Peça de teatro em cinco actos, “ela surgiu-me um dia em Bubaque a partir de uma notícia sobre o desaparecimento de uma outra estátua em Bolama… Ela foi por aí, encontrou-se com outras um pouco perdidas nas nuvens e fundiu-se numa outra que se revoltou contra a sua sorte. Ela tornou-se insurrecta e como não tinha muitos meios para enfrentar os seus opressores, escolheu a fuga”.

R.M.F.



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