Conflitos que marcaram a história da África

A história recente do continente é maculada por inúmeros conflitos sangrentos

Ruanda 
Em Ruanda, existem dois grupos étnicos, a maioria hutu e a minoria tutsi. Em 1993, o governo, formado por hutus, e a Frente Patriótica Ruandesa (FRR) assinaram um tratado de paz, após três anos de guerra civil. Com a morte do presidente Juvenal Habyarimana (hutu), em 1994, em um atentado contra seu avião, a inimizade entre os dois grupos irrompeu novamente. A guarda presidencial, setores das forças armadas, a milícia civil e uma parte da população, todos hutus, se lançaram em uma série de assassinatos contra os tutsis e hutus pró-tutsis. O massacre causou a fuga de pessoas para campos de refugiados. O número de mortos chegou a 800 mil. O genocídio foi mostrado em dois filmes, “Hotel Ruanda” (2004) e “Aperte as Mãos do Diabo” (2005). 

Guiné Bissau 
A curta história da Guiné-Bissau como Estado independente (1974) é marcada por golpes e tentativas de golpes de estado, contribuindo para desestabilizar esse que é um dos países mais pobres do mundo. Em 2009, ocorreram os assassinatos do presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, e do chefe do Estado-Maior do Exército, general Batista Tagme Na Wai. Vieira foi assassinado por soldados leais ao general Tagmé Na Wai, morto no dia anterior em um atentado a bomba. Vieira havia voltado à cena política em meados de 2005, quando venceu a eleição presidencial, seis anos depois de ser expulso durante uma guerra civil que pôs fim a 19 anos de seu poder. O general Na Wai fez parte da junta que tirou Vieira da presidência. Após a morte de Vieira, Malam Bacai Sanhá venceu as eleições presidenciais de 2009 pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) 

Quênia 
Em 2007, o Quênia viveu uma grave crise política e social. O estopim foi o resultado das eleições, quando o então presidente Mwai Kibaki, no poder desde 2002, se reelegeu. O líder opositor e rival político Raila Odinga, do Partido Democrático Laranja (ODM), contestou a vitória de Kibaki, acusando-o de fraudar os resultados para permanecer no poder. O resultado também foi colocado em dúvida pela delegação de observadores da União Europeia (UE). Odinga convocou protestos pelas ruas do país. A onda de violência deixou mais de 700 mortos e cerca de 250 mil desabrigados. Em 2008, Kibaki e Odinga concordaram em assinar um acordo para a formação de um governo de coalizão e a nomeação de Odinga como primeiro-ministro, com poderes executivos. Kibaki permaneceu no poder, onde está até agora 

Somália 
Em 2007, um conflito entre rebeldes islâmicos e forças governamentais da Somália, que têm o apoio do Exército da Etiópia, criou um fluxo de refugiados internos. Cerca de 350 mil pessoas fugiram da capital do país, Mogadício, mais de um terço da população de 1 milhão de habitantes da cidade. A ONU acusou todos os lados do conflito na Somália de quebrar leis humanitárias ao atirar indiscriminadamente em áreas civis da capital. A Somália vive instabilidade política desde 1991, quando os "senhores da guerra" depuseram o ditador Siad Barre. Desde então, 13 tentativas de estabelecer um governo falharam. Em 2004, foi instituído um governo com o apoio da ONU. Em 2009, Sharif Ahmed foi eleito presidente.
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