Guiné-Bissau: Director-geral do Serviço de Informação do Estado continua a dar polémica

2011-07-13 10:35:14

Bissau – A nomeação do director de Serviço de Informação do Estado continua a ser um dos maiores problemas para o funcionamento normal do Ministério do Interior de acordo com o ministro do Interior, Dinis Cabelol Na Fantcham-na.
Dinis Na Fantcham-na sustentou, em declarações exclusivas à PNN, que a falta de implementação da nova orgânica do Ministério do Interior, aprovada pela Assembleia Nacional Popular, que determina, entre outros, que a figura do director do Serviço de Informação seja proposta pelo primeiro-ministro e nomeado pelo Presidente da República, constitui o grande obstáculo ao funcionamento eficaz deste serviço. «Temos vários problemas que podiam ser solucionados se não houvesse esta situação de indefinição no que diz respeito ao funcionamento desta instituição», lamentou Dinis Na Fantcham-na.


Uma outra preocupação levantada pelo director de Serviço de Informação do Estado prende-se com a questão da reforma no Ministério do Interior, envolvendo vários oficiais que se encontram na lista de espera para a reforma, mas que no entanto continuam a trabalhar como funcionários públicos, exigindo ao mesmo tempo, serem pagas as suas reformas pelo Estado.

Sobre o recente diferendo entre as populações de Djaal e Embassina, no sector de Safim, região de Biombo, que recentemente estiveram em conflito sobre posse de terra, o responsável máximo do Ministério do Interior, disse que a segurança foi restabelecida pelas forças de ordem no local, cabendo agora à Justiça guineense pôr termo ao diferendo entre as suas povoações.

No que diz respeito aos assaltos contra a comunidade da Mauritânia no período da campanha de comercialização de castanha de caju, o governante confirmou o envolvimento dos elementos da Polícia da Intervenção Rápida, encontrando-se alguns destes agentes detidos na prisão de Bafatá, no leste da Guiné-Bissau.

Perante esta realidade, o ministro do Interior anunciou que estes elementos vão ser retirados das suas funções em virtude das suas atitudes. «Não podemos admitir que elementos das autoridades que deviam contribuir para manter a ordem e a segurança da população estejam envolvidos nos actos de assaltos e roubas aos comerciantes», disse o ministro.

Em termos de segurança, o responsável pela pasta do interior da Guiné-Bissau garantiu que o país se encontra calmo, não obstante algumas situações de casos isolados de violência que têm sido registados no interior do país.

No quadro da reforma no sector de Defesa, o ministro de Interior informou que vai partir para Angola um grupo de 30 elementos da polícia da Ordem Pública, que vai participar numa acção de formação de formadores para agentes da ordem pública guineense.

Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network
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