Em 2009, o país ganhou 25 600 novos portugueses através da naturalização de imigrantes.
Os números mostram que a nacionalidade portuguesa foi concedida, maioritariamente, a cidadãos de Cabo Verde (19,4%), seguida de cidadãos do Brasil (14,5%), Moldávia (10,7%) e Guiné-Bissau (8,4%). Isabel Jonet, conhecida activista e presidente da EntreAjuda, não se surpreendeu com a notícia: "Não acho nada estranho. Portugal tem uma forte imigração dos PALOP e Brasil, países irmãos, é natural que aconteça".
Portugal é, de facto, o que país que lidera a lista de naturalizações em termos relativos. Os números assim o mostram: a média de 5,8 por cada 100 estrangeiros residentes representa o dobro da média comunitária (2,4). A Suécia, que sempre teve uma lei de imigração muito liberal, é o único país que se posiciona próximo de Portugal, com 5,3. "Portugal tem características de acolher bem, com respeito e liberdade religiosa. Ao contrário de Portugal, a Europa fechou fronteiras à imigração", sublinha Jonet.
Por outro lado, os portugueses destacam-se no primeiro lugar da lista de cidadãos estrangeiros a adquirirem a nacionalidade luxemburguesa (30% no total).