Companhia espanhola transporta carga de Bissau para Europa
Bissau - Uma companhia aérea de capitais espanhóis, a Avicargas, iniciou recentemente o transporte de cargas entre a capital da Guiné-Bissau, Bissau, passando por Lisboa em direção às ilhas Canárias (Espanha).
A informação foi avançada, terça-feira, à imprensa, pelo presidente da empresa, Pedro Sablas, que disse se ter percebido de uma "grande preocupação" no transporte de cargas e mercadorias de e para a Guiné-Bissau em direção ao resto do mundo, nomeadamente de e para Lisboa, "o ponto mais importante na relação entre a Europa com este país".
"Temos um avião de transporte de carga, que vem a Bissau todas as semanas, fazendo o trajecto Lisboa, Las Palmas e Bissau e de
regresso passa por Dacar (Senegal), vai para Lisboa, terminado o percurso em Las Palmas", explicou.
O empresário frisou que o avião, um cargueiro com a capacidade para transportar 17 mil quilogramas de cargas, iniciou as operações no domingo.
"Iniciámos no domingo passado, fizemos o primeiro voo que trouxe carga, uma tonelada e meia de equipamentos. Mas a partir de agora, todos os sábados o avião chega a Bissau às nove da noite e sai às dez, rumo a Dacar em direcção a Lisboa. Sai de Lisboa às nove da manhã, faz uma escala técnica em Las Palmas, em com destino a Bissau onde chega de manhã", sublinhou.
Pedro Sablas deu a conhecer que a Avicargas, que já opera em países como Cabo-Verde, Senegal, Gambia e Mauritânia, pretende servir de "veículo de transporte" de produtos guineenses em maiores quantidades e com mais segurança.
"O que queremos é facilitar a exportação de produtos agrícolas, como frutas e legumes e ainda o pescado da Guiné, para o mercado
europeu. Há muitos produtos Guineense que têm muita procura no ocidente por serem de países tropicais ", salientou.
O espanhol garantiu que a sua empresa pretende ajudar ao crescimento económico da Guiné-Bissau e, por isso, antes do final do
ano a companhia trará mais um avião de carga.
"Por enquanto, vamos levar daqui fruta, produto de que o emigrante necessita por exemplo para a sua alimentação e trazer da Europa
material que faz falta, neste país como equipamento informático, auxiliando o país a resolver o problema do certificado de qualidade
para poder exportar o seu pescado directamente para o mercado europeu", argumentou.
O transporte do pescado e marisco da Guiné-Bissau é o principal objectivo da Avicargas, embora a Guiné-Bissau não pode exportar produtos do mar por não possuir ainda um certificado fitossanitário.
Questionado sobre a estratégia da empresa no que diz respeito à segurança em relação aos produtos ilícitos, nomeadamente a droga, Pedro Sablas disse que a Avicargas vai ser regida nesse aspecto em colaboração com as autoridades guineenses.
"A empresa segue todos os protocolos definidos pela a aviação civil internacional e ainda colabora com as autoridades dos países onde opera", realçou.