O Contra-Almirante, José Américo Bubo Na Tchuto, foi reconduzido nas suas funções de Chefe de Estado Maior da Armada Guineense.
Bubo na Tchuto havia sido exonerado nas suas funções, em 2008, por alegada tentativa de golpe de estado, mas o seu processo fora arquivado pelo Tribunal Militar Superior, por falta de provas.
Depois de um exílio de cerca de dois anos na Gâmbia, Na Tchuto regressou a Bissau em Dezembro de 2009, tendo refugiado-se na sede da ONU de onde foi retirado na sequência do levantamento militar de 1 de Abril.
Bubo na Tchuto foi acusado pelo Departamento Norte-Americano do Tesouro de tráfico de droga.
Uma fonte do Departamento de Estado Norte-Americano já disse à BBC que os Estados Unidos estavam muito “desapontados” com a nomeação de Bubo Na Tchuto, considerando-a como “um passo atrás”.
Esse decreto é uma tentativa do poder legitimo da Guiné-Bissau para criar um clima de estabilidade e paz, propicio para a implementação das reformas na defesa e segurança.
O mesmo porta-voz afirmou que a casa Branca mantinha a acusação de que Na Tchutu é um barão de droga internacional.
Essa acusação, segundo alguns analistas, terá atrasado a sua recondução, que acabou finalmente por acontecer.
Referindo-se a essa recondução, antes de viajar para a cimeira Afro-Árabe na Líbia, o Presidente de República Malam Bacai Sanhá disse esperar que a comunidade internacional compreenda, tal como tem compreendido, a posição das autoridades guineenses.
“Tudo quanto poderá vir como ajuda ou como assistência terá que assentar numa base sólida de paz e estabilidade. Esse decreto é uma tentativa do poder legitimo da Guiné-Bissau para criar um clima de estabilidade e paz, propicio para a implementação das reformas na defesa e segurança”, disse Bacai Sanhá.
Cimeira Afro-Árabe
O chefe de Estado guineense participa na cimeira Afro-Árabe que deve analisar as perspectivas de cooperação no domínio cientifico, económico cultural e desportivo.
“Esperamos que a cimeira contribua para o reforço das nossas relações de cooperação com o mundo árabe em geral e com os países árabes do Magreb, nossos vizinhos”, Sanhá.
Sob proposta do governo e ouvido o Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, o presidente Bacai Sanhá nomeou ainda o Comodoro Estêvão Nanema para o cargo de Inspector Geral das Forças Armadas e o Major General Mamadu Turé como Vice-Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas.