Excluindo Portugal, o Brasil e Cabo Verde são os países lusófonos com o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH), de acordo com o relatório 2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ontem distribuído. O Brasil encontra-se num índice de desenvolvimento elevado e Cabo Verde num índice de desenvolvimento médio, tal como Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, enquanto os restantes países de língua oficial portuguesa já entram na categoria dos de desenvolvimento humano baixo: Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
Os brasileiros registam um IDH de 0,699, não muito diferente do que tinham há cinco anos, se bem que os critérios adoptados este ano sejam diferentes, e têm uma esperança de vida de 72,9 anos, bem como uma escolaridade média de 7,2 anos. Cabo Verde está agora com um índice de 0,534, à frente da Índia, tem uma esperança de vida de 71,9 anos e um produto nacional bruto (PNB) per capita de 3306 dólares. Timor-Leste regista o índice 0,502, tem vindo a subir muito desde 2005, mas a sua esperança de vida é de apenas 62,1 anos, não chegando os seus habitantes a ter em média três anos de escolaridade. Para as ilhas de São Tomé e Príncipe o índice é de 0,488, a esperança de vida, 66,1 anos, a escolaridade média de 4,2 e o PNB per capita de 1918.
Angola não consegue mais do que a 146ª posição neste ranking do PNUD, com um índice de 0,403 (ligeiramente inferior ao do Haiti), apenas uma esperança de vida de 48,1 anos e uma escolaridade média de 4,4, apesar de ter um PNB per capita de 4941 dólares, o mais elevado de todos os países com um baixo IDH. A Guiné-Bissau ainda se encontra abaixo do Chade em questões de desenvolvimento humano, com o índice 0,289, 48,6 anos de esperança de vida e um mero PNB per capita de 538 dólares, inferior ao de países como a Serra Leoa ou o Níger. Por último, de entre os territórios lusófonos, está Moçambique, com o IDH 0,284, 48,2 anos de esperança de vida e uma escolariedade média de uns escassos 1,2 anos.