É consensual entre os ministros da Defesa da CPLP a necessidade de “reformar o sector de segurança e defesa da Guiné Bissau”.
Alfredo Prado
Brasília – “Situação difícil e preocupante”. Esta é a caracterização feita pelo ministro da Defesa de Portugal, Augusto Santos Silva, da situação político-militar na Guiné-Bissau.
O ministro participou em Brasília da 12. Reunião de ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), cujos trabalhos foram concluídos quinta-feira (11).
Em entrevista ao Portugal Digital e ao África 21 Digital, na capital brasileira, o ministro disse ser consensual entre os ministros da Defesa da CPLP a necessidade de “reformar o sector de segurança e defesa da Guiné Bissau”. A avaliação consta da Declaração final da reunião.
Sobre eventual conflito de interesses entre a Cedeao (Comissão de Desenvolvimento da África Ocidental), na qual a Nigéria tem importante peso político, e a CPLP, Santos Silva considera normal que a situação naquele país interesse a múltiplas instâncias como as Nações Unidas, a Cedeo ou a CPLP.
De acordo com o ministro português, Angola, que preside actualmente à CPLP, “está a conduzir com prudência e com o empenhamento necessário” as conversações. A posição de Portugal, disse, não difere da de outras instâncias. “É claro que as instituições militares devem obedecer às autoridades civis e políticas constituídas”, disse Augusto Santos Silva.