RESERVA PARA A DIVERSIDADE
O Arquipélago dos Bijagós foi classificado pelo UNESCO como reserva ecologica da biosfera, devido a sua diversidde de ecossistemas. O seu isolamento, em termos de transportes e desenvolvimento, acaba por ser uma vantagem, mantendo-se a natureza intocada, com uma fauna e uma flora difíceis de encontrar noutros pontos do planeta.
Situado ao largo da costa da Guiné-Bissau, em frente à foz do Rio Geba, o arquipélago dos Bijagós, com quase 90 ilhas, permanece protegido da vertiginosa prospecção turística que se regista em outras partes do mundo. Em estado virgem, os únicos indícios da civilização se notam na ilha de Bolama, cuja cidade com o mesmo nome antecedeu Bissau como capital do país, e na ilha de Bubaque, onde está concentrada a maior parte dos mais de 30 mil habitantes deste arquipelago do continente Africano.
Classificado pela UNESCO como reserva ecológica da biosfera devido a diversidade de ecossistema, que vão desde as florestas húmidas às savanas, é também possível encontrar neste arquipélago hipopótamos (últimas reserva de água salgada), tartarugas gigantes, golfinhos e bandos de flamengos, que aproveitam o sossego das paisagens para garantir a sobrevivencia da espécie.
Este santuário permanece intocável devido a situação política da Guiné-Bissau e a não entrada de investimento do arquipélago. Mas também devido a falta de acessibilidades. O isolamento dos Bijagós deve-se em muito as dificuldades que existem para chegar as ilhas. A travessia das águas é garantida pelas pirogas ou pelas lanchas que podem ser alugadas por cerca de 500 euros, e também pelo expresso bijagos, um ferri-boat a operar desde Junho de 2008, que faz a ligaçao entre Bissau, capital da Guiné-Bissau e Bubaque considerado acapital do arquipélago.
Desde 2008, há pequenos aviões de 3, 5, e 12 lugares que fazem 3 a 5 voos diários entre o arquipélago e Bissau, assim como Kap Skiring (Senegal) sendo assim a situação de transportes para o arquipélago tem estado a melhorar.
As viagens de pirogas são, contudo arriscadas, principalmente na epoca das chuvas entre Maio e Outubro pela falta de segurança existe estes meios de trasporte, na sua maioria não tem forma de comunicar com terra, caso fiquem presos num banco de areia ou sem rumo divido as fortes correntes ou alteraçoes nas marés.
Por outro lado a intervenção da Marinha guineense esta sempre condicionada ao estado de mar. Apensar dos riscos, vale a pena apanhar um qualquer meio de trasporte marítimo ou aéreo e visitar as ilhas e conhecer os seus habitantes, os Bijagós, uma das etnias guineenses que mantêm o seu estado cultural mais preservado.
Exímios escultores, pescadores e dançarinos, os Bijagós continuam a manter as tradições das etnias, quer na forma como vivem e vestem. Quer na prática dos seus rituais sagradas, como e o caso da realizaçao do fanado passagem para a idade adulta e das cermonias de cura.
Exímios escultores, pescadores e dançarinos, os Bijagós continua a manter as tradiçoes da etnia quer na forma como vivem e vestem, quer na prática dos seus rituais sagrados.
Segundo os rituais, nas ilhas sagradas o solo não pode pertencer a ninguem e, como tal. Ficam desertas, proporcionando aos animais verdadeiro refúgios para garantir a sobrevivência das espécies uma das razões a apontadas para a conservaçao dos rituais das curandeiras é a falta de médicos no arquipélago, onde apenas existem menos de 3 para todos os habitantes dos Bijagos conservam e acabam também por permitir proteger as espécies que ali se encontram, porque a maior parte das ilhas são consideradas sagradas. Segundo os rituais, nas ilhas sagradas o solo nao pode pertencer a ninguém e como tal ficam desertas, proporcionado aos animais verdadeiros refúgios para garantir a sobrevivência das espécies exemplo desta protecção está no ritual existente para observar as tartarugas gigantes, consideradas pelo bijagó por desovarem em solo sagrado.
Para as conseguir, os turistas têm de esperar as marés em que elas sobem para desovarem ou os turistas pagam para visitarem parque marinho onde as tartarugas sobem e desovam em segurança (como no parque marinho João Vieira e Poilão ou no Parque de Orango, na ilha de Orangozinho).
Além da fauna e da flora, o arquipélago dos Bijagós é dono de longas extensões de areia ponteadas por palmeira que oferecem frescas sombras para os amantes da praia.
Com procura, não muito elevada já que a relação dos locais com o mar passa apenas pela pesca, os banhistas têm como companhia manadas de vacas que gostam de descansar, durante o dia, proximo das aguas do mar mas que sao inofensivas.
Mais ofensivas são as raias existentes em enorme quantidade nas areias das praias, aconselhando-se o uso de chinelos ou sandálias de borracha para entrar nas aguas.
Segundo os Bijagós que não apresentam nenhuma explicação, as raias não mordem as mulheres, mas vale mais prevenir e utilizar uma protecção para os pés.
Rubane, Bubaque, Orango-grande, João vieira e Queré são algumas das ilhas que dispoem de unidades Hoteleiras para quem quer visitar os Bijagos.
A ilha de Bubaque tinha electricidade pública e bombas de águas canalizadas que já não funcionam desde década de 90 tem também pequenos estabelecimentos comerciais, um minimercado, uma bomba de venda de combustíveis (ENGEN) inaugurada este ano, Banco de transferência de dinheiro (WESTERN UNION) também inaugurada este ano, no primeiro semestre de 2011 deverá ser instalada outro Banco (CBAO).
Os restaurantes podem ser encontrados na cidade e nos hotéis.
Algumas ilhas estão distantes ainda funcionam com o sistema de troca directa de produtos.
Distanciamento e o isolamento tem no entanto, tornando o arquipélago numa tentação para Narcotraficantes, que tentam utilizar as suas ilhas como placa giratório para os seus negócios ilícitos, ou como ponto de saida para a emigraçao clandestina, com destino a Europa.
Apensar de alguns ricos, visitar o arquipélago dos Bijagós é como entrar na máquina do tempo e recuar milhares de anos na nossa história. Conhecer os Bijagós é termos a possiblidade de perceber a nossa evolução enquanto seres Humanos.
Isabel Marisa Serafim (texto) Jorge Neto (fotos)
Jornalistas da Lusa na Guiné-Bissau
Algumas alterações deste texto foram feitas por Eduardo Moscate, no blog http://inforbijagos.blogspot.com