Condenação da CEDEAO aos ataques à Líbia

26 de Março, 2011

Chefes de Estado e de Governo da Comunidade da África Ocidental analisaram a situação do bloco regional e questões internacionais
Fotografia: AFP
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou a intervenção militar na Líbia, segundo o comunicado final da cimeira de dois dias, que terminou ontem na capital nigeriana, Abuja.
Em causa esteve a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que abriu caminho à criação de uma zona de exclusão aérea para “proteger a população civil líbia” das iniciativas militares do Governo do Presidente Muamar Kadhafi.
Os 15 países membros da CEDEAO decidiram ainda readmitir no seio da organização a Guiné-Conakry e o Níger, que tinham sido suspensos na sequência dos golpes militares que depuseram os regimes constitucionalmente no poder. A organização também anunciou subvenções de 30 milhões de dólares para a Guiné-Conakry e de 63 milhões para a Guiné-Bissau.
A cimeira da CEDEAO reuniu os Presidentes do Benin, Yayi Boni, do Burkina Faso, Blaise Campaoré, de Cabo Verde, Pedro Pires, da Guiné-Bissau, Bacai Sanha, da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, do Mali, Amadou Touré, da Nigéria, Goodluck Jonathan, do Senegal, Abdoulaye Wade, da Serra Leoa, Ernest Koroma, e do Togo, Fauré Gnassingbé. Os chefes de Estado do Ghana e da Gâmbia foram representados e a Costa do Marfim, Guiné-Conakry e o Níger participaram como observadores.

Nigéria continua à frente da organização regional
A 39ª Cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental escolheu a Nigéria para continuar na presidência da organização, pela primeira vez na história do bloco regional.
Nenhum dos 15 países que integram a CEDEAO ocupou a Presidência em três mandatos consecutivos, desde a fundação, em 1975.
Segundo os estatutos, os Estados-membros são eleitos para a Presidência por um período de um ano, prorrogável por mais um.
A Nigéria foi eleita para presidir à CEDEAO pela primeira vez em 2008, quando o Chefe de Estado era Umaru Yar’adua, cuja morte, em Maio do ano passado, conduziu à sua substituição pelo seu vice-presidente e actual Chefe de Estado, Goodluck Jonathan. A eleição da Nigéria foi feita no último dos dois dias de trabalhos da cimeira.

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