África Ocidental: ONU apela a melhor compreensão das causas dos conflitos

África Ocidental: ONU apela a melhor compreensão das causas dos conflitos

Cidade da Praia, 18 mai (Lusa) -- As Nações Unidas apelaram hoje aos países da África Ocidental, entre eles Cabo Verde e Guiné-Bissau, para que analisem com profundidade os pontos de fricção que possam desencadear conflitos e tensões eleitorais.

Cidade da Praia, 18 mai (Lusa) -- As Nações Unidas apelaram hoje aos países da África Ocidental, entre eles Cabo Verde e Guiné-Bissau, para que analisem com profundidade os pontos de fricção que possam desencadear conflitos e tensões eleitorais.

O apelo foi feito hoje na Cidade da Praia por Said Djinit, representante especial da ONU para a Região Oeste-Africana, na abertura da Conferência Regional sobre as Eleições e Estabilidade na África Ocidental, na Cidade da Praia, organizado pelo Escritório das Nações Unidas para a sub-região.
Segundo Said Djinit, o encontro vai permitir analisar o impacto dos processos eleitorais sobre a estabilidade na África ocidental e as suas implicações na prevenção de conflitos, democracia e construção da paz.
Nesse sentido, apelou aos Governos oeste-africanos para que, em conjunto com as organizações internacionais e regionais, como a União Africana (UA), Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e outros parceiros, examinem, "todos os pontos de fricção que possam ser fontes de tensão eleitoral e de conflitos".
Para Djinit, só assim se poderá "aprender e compreender" as lições do passado, permitindo melhorar as eleições futuras, para que haja consolidação da democracia, boa governação e desenvolvimento.
A este propósito, o ex-presidente do Níger, Salou Djibo, que conduziu o processo de transição naquele país africano, disse que o principal ingrediente para uma transição pacífica é a igualdade de condições dos concorrentes, mas também a neutralidade na condução do processo por parte das autoridades locais.
"Uma vez que a Constituição seja respeitada, que as instituições que devem fiscalizar os escrutínios sejam implementadas e que cada um respeite a zona da sua responsabilidade, penso que haverá estabilidade", sustentou.
"Mas é também necessário que os candidatos e os partidos políticos tenham as mesmas condições e que as autoridades sejam verdadeiramente neutras. O que contribuiu para o sucesso do processo no Níger foi sobretudo a neutralidade", disse.




CLI/JSD.
Lusa/Fim
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