Não soubemos dizer-lhe o quanto era único. Enquanto construía o enorme património que nos deixou, fomos tentando retirar-lhe naco a naco, valor, prestigio, nobreza, evidenciando dele aquilo de que todos nós somos mais ricos: defeitos.
A superioridade do seu talento artístico chocava de forma brutal com a pobreza de talento dos que pela politica deviam criar, defender, divulgar, a componente nuclear da nossa existência como sociedade: a Cultura.
Da universidade COBIANA e pela faculdade N’KASSA COBRA, nasceu, criou, interpretou como poucos, os sentires da terra, de gente lutadora e pacifica da Guiné-Bissau.
A sua dimensão de artista atribui-lhe o direito de assinatura no livro da historia dos grandes na nação Guineense em construção. A todos Deus dá criatividade, mas a poucos a singularidade de um estilo que deles faz faróis orientadores para o devir. O sentir e interpretar N’GUMBÊ do Tuty, seguirá sendo imitado, jamais igualado, jamais superado.
Ernesto Dabo