PRIMEIROS QUADROS SUPERIORES SAEM DA ULG : 349 LICENCIADOS RECEBEM DIPLOMAS





27-05-2011 
A Universidade Lusófona da Guiné-Bissau (ULG) organizou no último fim-de-semana uma cerimónia de entrega de diplomas aos primeiros 349 finalistas desta instituição académica distribuídos pelos cursos de Administração e Gestão de Empresas (73), Ciências da Educação (14), Comunicação Organizacional (14), Economia (120), Enfermagem (36), Gestão de Recursos Humanos (26), Jornalismo (12), Serviços Social (12) e Sociologia 42.
  
O ministro Artur Silva em nome do governo dirigiu algumas palavras aos recém-formados salientando que “estamos hoje perante a colheita dos primeiros frutos da ULG, resultado concreto do trabalho meticuloso decorrente de um acordo de parceria entre o governo da Guiné-Bissau e a ULG”.

“ Reafirmamos a determinação do governo de retomar o projecto da Universidade pública Amílcar Cabral já no próximo ano lectivo na certeza, porém, que esta decisão estratégica no domínio do ensino superior será aprofundada gerando assim mais-valia para o país na resposta aos desafios do desenvolvimento e escolarização na Guiné-Bissau”.

Para o ministro da Educação, “este acto solene testemunha a vontade e o empenho político do governo da Guiné-Bissau, através do ministério da educação nacional, na procura de respostas aos que colocam na esfera da educação em geral e no ensino superior em particular”.

O governante aproveitou a ocasião solene para comunicar aos presentes que, está na sede de todas as instituições superior do país, o estatuto da carreira docente do ensino superior, de investigadores, para a melhor performance das comunidades académica e cientifica com vista a alcançar o desidrato de qualidade de formação superior. “Para a cristalização destas medidas estratégicas em matéria do ensino superior no país, o governo tudo fará para a capacitação dos ganhos obtidos a partir das diversas experiencias dos últimos anos visando a realização objectiva do projecto universitário nacional, Nesta perspectiva, é aposta primordial no futuro próximo, a instalação da Universidade Publica que conterá várias unidades orgânicas organizadas no domínio do saber e da revolução tecnológica. É agrupar em faculdades e departamentos institutos de pesquisa e investigação científica”.

“A política do ensino superior preconizada pelo governo almeja entre outras aspirações encorajar a emergência de centros de formação de excelência no seio da ULG”, afirmou Artur silva. O governante considerou evidente a importância que o actual executivo atribui a formação superior no país. De acordo com o ministro da Educação, o governo conta disponibilizar para o próximo ano lectivo (2011-2012) cerca de 400 bolsas de estudos para os estudantes dos estabelecimentos do ensino superior do país.

 Esta medida assenta, conforme Artur Silva, no reconhecimento do papel do estado a quem compete assegurar a todos os cidadãos a mesma igualdade de oportunidades de acesso ao ensino superior sem discriminação baseada sem crença religiosa ou condições socioeconómicas. “É, portanto, essa convicção que anima a nossa acção governativa. Hoje o ensino superior visa assegurar aos cidadãos uma escola da preparação científica técnica e cultural”.

Com base neste pressuposto, o ministro disse que o governo pretende através da regulamentação do ensino superior formar quadros especializados nas diferentes áreas do conhecimento aptos a assumirem responsabilidades e direcções em múltiplos domínios nomeadamente económicos, sociais e culturais do país e preparar para se inserirem de forma dinâmica e criativa na vida profissional e estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e de reflexão crítica, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; promover o intercâmbio cientifico cultural e técnico com as instituições internacionais do ensino superior em especial com os países da língua oficial portuguesa e dos estados ou da sub-região da África Ocidental.

 Segundo o ministro Artur, o governo pretende com esta iniciativa fomentar a plena utilização das novas tecnologias em todos domínios do conhecimento nomeadamente cientifico, económico, cultural e técnico que constitui o património universal. Pretende-se com o ensino superior, de acordo com o governante, a promoção o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista aberto ao dialogo o respeito e a diferença.

Nesta mesma ocasião o antigo primeiro-ministro Carlos Correia foi distinguido com medalha de ouro de reconhecimento de mérito pelo presidente do Grupo Lusófono Manuel Damásio.

Carlos Correia num improvisado discurso considerou tratar-se de “surpresa agradável que não posso dizer merecidamente, mas agradeço de todas as maneiras. Contudo a honra que a Universidade Lusófona se dignou conceder-me, esta medalha simboliza também as pessoas que trabalharam comigo ao longo da nossa vida e da nossa luta para a independência e a construção nacional”.    

Em representação ao Primeiro -Ministro Carlos Gomes Júnior que por razoes de agenda não lhe foi possível marcar presença, a ministra da Presidência do Conselho de Ministros, da Comunicação Social e dos Assuntos Parlamentares, Maria Adiatu Nandigna, considerou que “na trajectória dos povos há momentos tristes mas também há momentos altos. Hoje estamos a viver um desses momentos altos da vida deste povo com a graduação de novos licenciados e diplomados em diversas áreas do saber e que se perfilam como novos obreiros para promoção do desenvolvimento e da construção do progresso e bem-estar do nosso povo.”

Para Adiatu Nandigna “a formação de quadros surge-nos como um imperativo” para a Guiné-Bissau que, “não distante os inúmeros desafios que se colocam” vem sendo concretizada em perfeita comunhão de sentimentos e em total convergência de vontades do governo e do povo. “Muito recentemente a Assembleia Nacional Popular aprovou a lei do ensino superior da investigação científica, trata se dum acto normativo que visa disciplinar o modo de criação, organização e o modo de funcionamento do estabelecimento de ensino superior na Guiné-Bissau”, realçou a ministra.

Fadel Gomes

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