Recentemente, Lisboa decidiu transferir para as autoridades guineenses a responsabilidade pelos encargos financeiros da instituição, sobretudo em relação ao pagamento dos docentes locais.
Da Redação, com Panapress
Bissau - Os professores guineenses da Faculdade de Direito de Bissau iniciaram terça-feira uma greve de três dias com vista a exigir do Governo melhores condições de trabalho.
Segundo o porta-voz da comissão dos professores, Vasco Biague, a convocação desta segunda greve desde fevereiro último é resultante da “atitude péssima” do Governo para com os docentes desta instituiçao académica.
“A atitude do Governo tem deixado muito a desejar. De facto, o Governo não tem tido a vontade de satisfazer as nossas reivindicações, porque se a tivesse, tudo teria sido resolvido”, acusa Vasco Biague.
Precisou que entre as reivindicaçoes listadas no caderno reivindicativo consta a melhoria das condições de trabalho na Faculdade, a adequação de salas de aulas em função de número de estudantes e uma sala para os docentes.
A Faculdade foi criada em 1990 ao abrigo dos acordos de cooperação entre os Governos guineense e português, através do qual Portugal tem sido o suporte financeiro, técnico e científico da instituição.
Recentemente, Lisboa decidiu transferir para as autoridades guineenses a responsabilidade pelos encargos financeiros da instituição, sobretudo em relação ao pagamento dos docentes locais, soube a PANA em Bissau da comissão dos professores.
Os professores protestam ainda contra a falta de aparelhos de ar condicionado nas salas de aulas, de conexão à internet e um leque de dificuldades que, segundo Biague, “nao se pode mais tolerar”.
Biague deplora ainda o facto de “nenhuma destas reivindicações ter tido saneada pelo Governo".