Repórteres sem Fronteiras inquietados com situação de liberdade de imprensa
2011-04-19 15:12:22 |
Bissau – A organização Repórteres sem Fronteiras disse estar alarmada pela decisão das autoridades de Bissau, tomada em Conselho de Ministros e anunciada a 15 de Abril de 2011, de suspender o jornal Última Hora.
Esta medida vem na sequência da publicação, no dia 8 de Abril, na capa da edição do jornal, de um artigo intitulado «Nino Vieira, morto por soldados às ordens de António Indjai», artigo esse baseado num relatório do Departamento de Estado norte-americano.
Num comunicado de imprensa da delegação dos Repórteres sem Fronteiras em Bissau enviada à PNN, a organização condena os métodos «retrógrados» e as «medidas coercivas» tomadas pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e pelo Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Comunicação Social, Adiatu Djaló Nandigna.
O Última Hora é acusado de «divulgar sistematicamente, talvez por encomenda, notícias que visam transmitir uma imagem distorcida da Guiné-Bissau e amesquinhar o desempenho do Governo», ao atribuir o assassínio do antigo Presidente João Bernardo «Nino» Vieira, morto em Março de 2009, ao actual Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai, nomeado pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior. O artigo fora acolhido com agastamento pelo Conselho de Ministros.
A organização Repórteres sem Fronteiras recorda que algumas rádios e outros meios de comunicação já foram silenciados pelas mesmas razões. Em 2002, a rádio Bombolom FM foi suspensa durante três meses na sequência de uma decisão precipitada do Ministro da Comunicação Social da altura.
Perante esta situação, disse esperar que o Governo vai reconsiderar a sua posição, colocando um ponto final às ameaças contra os órgãos de imprensa e os jornalistas. «Sem respeitar o trabalho de jornalistas, a Guiné-Bissau não poderá assumir-se como um Estado de direito e uma verdadeira democracia», diz a organização no comunicado.
Athizar Mendes Pereira, jornalista e actual director do Última Hora e ex-colaborador do Diário de Bissau, já fora detido em 2008, devido a artigos acusatórios para com as Forças Armadas do país.
Sumba Nansil
Num comunicado de imprensa da delegação dos Repórteres sem Fronteiras em Bissau enviada à PNN, a organização condena os métodos «retrógrados» e as «medidas coercivas» tomadas pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e pelo Ministro da Presidência do Conselho de Ministros e Comunicação Social, Adiatu Djaló Nandigna.
O Última Hora é acusado de «divulgar sistematicamente, talvez por encomenda, notícias que visam transmitir uma imagem distorcida da Guiné-Bissau e amesquinhar o desempenho do Governo», ao atribuir o assassínio do antigo Presidente João Bernardo «Nino» Vieira, morto em Março de 2009, ao actual Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai, nomeado pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior. O artigo fora acolhido com agastamento pelo Conselho de Ministros.
A organização Repórteres sem Fronteiras recorda que algumas rádios e outros meios de comunicação já foram silenciados pelas mesmas razões. Em 2002, a rádio Bombolom FM foi suspensa durante três meses na sequência de uma decisão precipitada do Ministro da Comunicação Social da altura.
Perante esta situação, disse esperar que o Governo vai reconsiderar a sua posição, colocando um ponto final às ameaças contra os órgãos de imprensa e os jornalistas. «Sem respeitar o trabalho de jornalistas, a Guiné-Bissau não poderá assumir-se como um Estado de direito e uma verdadeira democracia», diz a organização no comunicado.
Athizar Mendes Pereira, jornalista e actual director do Última Hora e ex-colaborador do Diário de Bissau, já fora detido em 2008, devido a artigos acusatórios para com as Forças Armadas do país.
Sumba Nansil
(c) PNN Portuguese News Network
Guiné-Bissau: Braço de ferro entre Governo e semanário “ÚltimaHora”
Na Guiné-Bissau, o governo do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior deu instruções à ministra da Comunicação Social para accionar as diligências necessárias com vista à suspensão do semanário “Última Hora”.
Por Lassana Cassama, VoaNews
Na Guiné-Bissau, o governo do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior deu instruções à ministra da Comunicação Social para accionar as diligências necessárias com vista à suspensão do semanário “Última Hora”.
A decisão saiu da última reunião do Conselho de Ministros, realizada na quinta-feira passada, onde aquele periódico foi acusado de publicar informações sem fundamento.
O nosso correspondente em Bissau, Lassana Cassama, falou com o director do jornal, que se afirma confiante no desfecho do braço de ferro entre o governo e a publicação que dirige.
Fonte: VoaNews
Por Lassana Cassama, VoaNews
Na Guiné-Bissau, o governo do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior deu instruções à ministra da Comunicação Social para accionar as diligências necessárias com vista à suspensão do semanário “Última Hora”.
A decisão saiu da última reunião do Conselho de Ministros, realizada na quinta-feira passada, onde aquele periódico foi acusado de publicar informações sem fundamento.
O nosso correspondente em Bissau, Lassana Cassama, falou com o director do jornal, que se afirma confiante no desfecho do braço de ferro entre o governo e a publicação que dirige.
Fonte: VoaNews
Governo guineense recua na suspensão do jornal "Última Hora"
2011-04-20
O Governo da Guiné-Bissau recuou na sua decisão de suspender o jornal "Última Hora" e apelou os órgãos de comunicação social do país a adequarem a sua linha editorial "aos superiores interesses" da nação guineense.
A informação foi transmitida aos jornalistas pela ministra da Comunicação Social e porta-voz do Governo, Adiatu Nandigna, numa conferência de imprensa.
"Em nome do Governo e em meu nome pessoal, lanço um vibrante apelo aos órgãos de comunicação social e particularmente ao jornal 'Última Hora' no sentido de adequarem a sua linha editorial aos superiores interesses" da Guiné-Bissau "sob pena de o Executivo fazer uso das suas prerrogativas legais para cancelar definitivamente as licenças" entretanto concedidas, disse Adiatu Nandigna.
A ministra que também tutela a pasta do Conselho de Ministros lembrou que o caso foi objecto de análise a nível do Governo e do Conselho da Comunicação Social e ainda a nível do Sindicato dos Jornalistas guineenses.
Adiatu Nandigna enumerou para os jornalistas presentes na conferência de imprensa um conjunto de artigos que na opinião do Governo o jornal "Última Hora" noticiou sem respeitar o código deontológico.
Na sua reunião de Conselho de Ministros de sexta-feira, o Governo guineense mandatou a ministra da Comunicação Social a tomar todas as medidas necessárias à suspensão do jornal "Última Hora", que acusa de atitudes deliberadas e reiteradas quando publica notícias que colocam em causa a estabilidade do país.