"Relativamente a esta missão até há relativamente pouco tempo não havia um consenso sobre a sua designação. Se seria uma força de estabilização, manutenção, proteção, como, por exemplo, a CEDEAO designa", afirmou Sebastião Isata.
"O fundamental é que seja de facto uma força que tenha como finalidade estabilizar a situação na Guiné-Bissau e, nesse sentido, pelo diálogo que tivemos com sua excelência o primeiro ministro há já o consentimento da parte do Governo da Guiné-Bissau à vinda desta força que será então uma força de estabilização", disse aos jornalistas, no final de um encontro com Carlos Gomes Júnior.
Sebastião Isata será também, além de representante especial da União Africana para a Guiné-Bissau, o chefe da delegação daquela organização no país, que vai abrir brevemente um escritório em Bissau.
"Os objectivos da missão são exactamente tornar a presença da União Africana mais significativa por forma a acompanhar de perto a situação política na Guiné-Bissau e todos os esforços que devem ser empreendidos com vista à consolidação da democracia constitucional, com vista à consolidação da democracia pluralista, com vista à reposição da normalidade constitucional", afirmou.
Na sexta-feira, a Presidência da Guiné-Bissau divulgou a carta enviada pelo chefe de Estado guineense à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a pedir apoio para aplicar a reforma do sector da defesa e segurança.
Segundo fonte da presidência guineense, a divulgação da missiva visou esclarecer a opinião pública sobre o pedido que o Presidente Malam Bacai Sanhá fez à CEDEAO no âmbito da reforma daqueles sectores no país e afastar a ideia de que o chefe de Estado guineense teria pedido o envio de militares para o país.
Questionado sobre se a missão de estabilização teria ou não uma componente militar, Sebastião Isata remeteu mais esclarecimentos para depois do encontro com o Presidente Malam Bacai Sanhá, que deverá ocorrer ainda esta semana.
Angop