O presidente da Guiné-Bissau, Malan Bacai Sanha pediu oficialmente a Comunidade Económica dos Estados da África do Oeste (CEDEAO) para ajudar o seu país a relançar a reforma do sector de defesa e segurança, numa carta a que a AFP teve acesso segunda-feira.
Na sua carta endereçada ao seu homologo nigeriano, Goodluck Jonathan, presidente em exercício da CEDEAO, Sanha evoca a interrupção do processo de reforma nos sectores de defesa e segurança" e solicitou "um apoio e uma assistência para o relançamento dessa reforma.
A União Europeia, principal parceiro da Guiné-Bissau, tinha anunciado em Agosto que suspendia a sua missão visando sustentar a reforma do sector da segurança (polícia, justiça, exército) na Guiné-Bissau, na razão das condições contestável da investidura do novo chefe de Estado-maior do país.
Em Abril, o general António Indjai, adjunto do chefe de Estado -maior general, havia detido José Zamora Induta, então chefe do Estado - maior. Mais tarde, a 25 de Junho, o presidente Sanha oficializou a nomeação de Indjai a frente do exército.
O país havia antes sido afectado pelo duplo assassinato, em Março de 2009, do chefe de Estado-maior general, Baptista Tagmé Na Wai e do Presidente da República, João Bernardo Vieira.
O exército é particularmente influente na Guiné-Bissau, país muito pobre que conquistou a sua independência (1974) por uma longa guerrilha contra os colonos portugueses antes de ser dilacerado por uma guerra civil (1998/1999).