Filmes de Flora Gomes representam Guiné-Bissau no festival de Cinema de Língua Portuguesa em Londres

O festival "Cinema de Língua Portuguesa-35 Anos da Independência dos Países Africanos de Língua Portuguesa", começa amanhã e acaba no próximo sábado, dia 13. As sessões vão realizar-se no cinema Alfred Hitchcock, na Universidade Queen Mary, em Londres, com entrada livre.


Do festival, organizado pela professora Else Vieira, fazem parte filmes de e sobre Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Angola e São Tomé e Príncipe. O festival começa com a exibição de "Mortu Nega", do guineense Flora Gomes. No mesmo dia vão ser mostrados "Udju Azul di Yonta" e "Nhá-Fala", do mesmo realizador.

O programa de quarta-feira é dedicado a São Tomé e Príncipe e aos filmes que o realizador lisboeta Francisco Manso fez sobre Cabo Verde. Depois da exibição de "O Testamento do Senhor Napumoceno" e "A Ilha dos Escravos", ambos do realizador, Francisco Manso encontra-se com o público.

Moçambique é tema nos últimos três dias do festival. Na quinta-feira, vão ser exibidas curtas-metragens moçambicanas e vários filmes da realizadora Margarida Cardoso sobre o país. A sexta-feira divide-se entre três filmes angolanos e mais uma perspectiva portuguesa sobre Moçambique, desta vez do realizador Joaquim Leitão. O festival termina no sábado com uma homenagem à obra do escritor moçambicano Mia Couto, que escreveu o argumento de "Tatana" e viu a sua obra "Terra Sonâmbula" ser adaptada ao cinema por Teresa Prata.

Else Vieira, professora de estudos audiovisuais da Universidade Queen Mary, disse à Lusa que o seu objectivo com o festival é perceber como "Portugal vê as lutas coloniais", mas também como "os africanos vêem os mesmos conflitos". E acrescentou: "Os portugueses focam-se na questão psicológica, quando os outros olham para a importância histórica."

Vítor Bruno Pereira (PÚBLICO) 
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