Lisboa - A incidência da SIDA no período 1999/2009 diminuiu 25 porcento em Moçambique e na Guiné-Bissau, anunciou hoje (terça-feira) a agência das Nações Unidas para a SIDA (ONUSIDA).
Esses dois países são os únicos africanos de língua portuguesa considerados numa amostra de 33, definida pela ONUSIDA para dar substância ao relatório hoje(terça-feira) divulgado e denominado "Relatório Global da ONUSIDA - Epidemia de SIDA".
"A ONUSIDA continuará a trabalhar com países e parceiros para melhorar a qualidade da informação disponível e metodologias para incluir os dados de incidência do HIV para mais países em futuros relatórios", destaca-se no documento.
Relativamente aos dois países africanos de língua portuguesa referidos, Moçambique merece especial atenção por ter sido, ao longo dos anos, um exemplo apontado da grande prevalência da epidemia.
Segundo o Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Informação sobre a SIDA, de Moçambique, lançado em julho passado, 11 porcento dos cerca de 20 milhões de habitantes (dados de 2007) estavam registados como infectados.
A proximidade geográfica do Zimbabwe, Swazilândia, África do Sul e Malawí, ajudam a perceber o flagelo que constitui a SIDA em Moçambique.
O facto de o relatório da ONUSIDA apontar Moçambique como um dos países em que a incidência diminuiu 25 porcento constitui o reconhecimento do sucesso das medidas e ações adoptadas naquele país e que sucessivos documentos oficiais dão conta, designadamente o estudo "Impacto demográfico do HIV/SIDA em Moçambique", de Setembro de 2008.
Aquele documento aponta que "o crescimento anual da prevalência varia de 13 porcento, de 2000 a 2001, e de três por cento, entre 2009 e 2010", o que permitiu antecipar uma tendência decrescente da incidência, cerca de 2,2 porcento em 2000 e de 1,6 porcento em 2008.
(c) Angop