Tribunais Supremos debatem "poder judicial"

Bissau - Os presidentes dos Tribunais Supremos dos países de língua  portuguesa e Macau reúnem-se de 27 de Novembro a 01 de Dezembro, em  Bissau, para discutir o papel do poder judicial nas sociedades democráticas,  disse hoje ( terça-feira) à Lusa o presidente da comissão organizadora do evento, Mamadu Saido Baldé. 
     
Subordinado ao tema: "O poder judicial e as sociedades democráticas, duas realidades indissociáveis ao serviço do desenvolvimento económico", o 8º fórum dos presidentes dos Tribunais Supremos de Justiça do espaço lusófono, que deveria ter lugar no passado mês de Abril, se realiza entre 27 de Novembro e 01 de Dezembro.  
  
Na altura, um levantamento militar ocorrido, do qual resultou na detenção até hoje do então chefe das Forças Armadas guineense, Zamora Induta e do  Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, levou ao cancelamento do encontro. 
  
"Deveria ter lugar no mês de Abril, mas um acontecimento de força maior, alheio à nossa vontade, fez com que o fórum não se realizasse como previsto, mas agora tudo está preparado para a realização do encontro", afirmou o juiz  Mamadu Saido Baldé.  
 
O presidente da comissão organizadora do fórum, explicou que estão confirmadas as presenças de todos os presidentes dos Tribunais Supremos de Justiça da comunidade lusófona e Macau, bem como de "iminentes professores e juristas", pelo que o fórum vai mesmo ter lugar, assinalou. 
  
Mamadu Saido Baldé, explicou que o fórum de Bissau, tal como os já realizados nos outros países lusófonos, é um espaço de aprofundamento da cooperação entre as "altas jurisdições" da comunidade de língua portuguesa, uma vez que permite debater e analisar a cooperação "no aspecto mais amplo". 
  
Para a organização do fórum, o facto de todos os presidentes dos Tribunais Supremos do espaço lusófono e Macau terem já confirmado a sua presença em Bissau "demonstra a solidariedade" que nutrem para com a Guiné-Bissau,  factor que, Mamadu Saido Baldé considera ser "superior ao apoio financeiro que possam dar" à organização do evento. 
   
"Um Fórum de tamanha importância é uma oportunidade para nós, guineenses, darmos uma imagem positiva da Guiné-Bissau", defendeu o presidente da comissão organizadora do encontro.  
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