A embarcação em apuros foi abandonada à sua sorte, ficando à deriva durante 16 dias
Foto: Francesco Malavolta / EPA
Outras Notícias
- Moçambique: Órgãos genitais preferidos no tráfico para feitiçaria
- Moçambique pede apoio da população no combate à crise
- Sobrados - Uma herança histórica de Cabo Verde
- Centenas de refugiados da Líbia morrem em naufrágio (em actualização)
- Diálogo Governo-jornalistas sobre lei do cibercrime começa em ritmo lento
- São Tomé: Presidente perde disputa de terras em tribunal
- Kamalata Numa diz que mais velhos devem sair do poder
- Angola: Incidentes no Huambo provocados por "ressentimentos"
- Polícia moçambicana nega ter morto refugiados somális
- Namibe: "Jardim Milionário" recebe nome de Eduardo Mondlane
- Ilha do Fogo - Terra de emigrantes e de vinho
- Angola: Salários em atraso causam transtorno a professores
- Dois mortos vários feridos em confrontos na Guiné-Bissau.
- Angola: Educação com dificuldade em cumprir objectivos do milénio
Europeus deixam africanos morrer no mar
Morreram 61 refugiados africanos provenientes da Líbia quando o barco em que seguiam tentava atingir a costa italiana, depois de unidades militares europeus e da NATO ter ignorado o alarme lançado pelas vítimas no alto mar.
De acordo com uma reportagem publicada pelo jornal britânico “The Guardian”, uma embarcação levando a bordo 72 passageiros, incluindo várias mulheres, crianças e refugiados políticos teve problemas, pouco depois de ter deixado Tripoli. Rumava em direcção à ilha italiana de Lampedusa.
Apesar da guarda costeira italiana ter sido alertada para a situação de emergência e dos refugiados terem entrado em contacto tanto com um helicóptero militar italiano como com um navio de guerra da NATO - que se supõe ter sido de nacionalidade francesa - o facto é que não foi feita qualquer tentativa para os socorrer.
A embarcação em apuros foi abandonada à sua sorte, ficando à deriva durante 16 dias. De acordo com o “The Guardian”, sessenta e uma das 72 pessoas que seguiam a bordo morreram de fome ou de sede. Recorda-se que a lei marítima internacional obriga todos os navios, incluindo os militares, a responder a pedidos de socorro lançados por parte qualquer embarcação em dificuldades e a oferecer toda a ajuda possível a potenciais náufragos.
Defensores dos direitos dos refugiados exigiram a realização de um rigoroso inquérito, enquanto que o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados da ONU lançou um apelo para que haja uma maior cooperação entre embarcações civis e militares no Mar Mediterrâneo com o objectivo de salvar vidas humanas.
Os emigrantes em causa em 47 etíopes, sete nigerianos, sete eritreus, seis ganeses e cinco sudaneses.