BAD: Falta de apoio da UE pode fazer regressar a Guiné-Bissau a "situações que ninguém deseja"


Lisboa, 09 jun (Lusa) -- A continuação do corte do apoio orçamental da União Europeia (UE) à Guiné-Bissau pode fazer regressar o país a "situações que ninguém deseja", alertou hoje em Lisboa a ministra da Economia guineense.
Lisboa, 09 jun (Lusa) -- A continuação do corte do apoio orçamental da União Europeia (UE) à Guiné-Bissau pode fazer regressar o país a "situações que ninguém deseja", alertou hoje em Lisboa a ministra da Economia guineense.
Helena Embaló, que intervinha numa reunião organizada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) sobre os estados frágeis, salientou que aquele apoio foi suspenso na sequência do levantamento militar do passado dia 01 de abril de 2010.
"A cooperação com a UE já foi retomada nalguns aspetos, mas o apoio orçamental continua suspenso e essa decisão criou uma situação dramática e existe o perigo de regressar a uma situação que ninguém deseja", disse.
Na sua intervenção, Helena Embaló destacou os progressos feitos pelo seu governo no domínio económico e os reajustes lançados que permitiram, designadamente, "acabar com os chamados funcionários fantasmas na função pública".
"A Guiné-Bissau precisa, na verdade, de uma ajuda consistente", reclamou, dando como credenciais do executivo liderado pelo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior a "disciplina orçamental, maior eficácia nos gastos públicos e as reformas corajosas".
A governante destacou ainda que em resultado da política posta em prática pelo seu governo, o país beneficiou, em setembro de 2010, da anulação da sua dívida externa, que classificou como "exorbitante".
Os credores anularam cerca de 95 por cento da dívida externa, que totalizava 1,1 mil milhões de dólares (cerca de 760 milhões de euros).




EL.




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