Ligação marítima entre Bissau, Bolama e Catió arrancará em breve, segundo o Director do Porto de Bissau


Article posté le 08-01-2011
 

O navio IV Centenário de Cacheu está pronto e à espera da primeira de muitas viagens que vai fazer entre Bissau e Bolama com paragem em Catió, na Guiné-Bissau.
"A viagem ficou inicialmente marcada para o final do ano. Estamos ainda a ultimar os preparativos como a colocação de últimos equipamentos que permitam fazer a navegação mais segura", disse recentemente à Lusa Mário Loureiro, director-geral do Porto de Bissau.
O barco IV Centenário de Cacheu foi adquirido pelo Governo guineense em 1989, no quadro das comemorações dos 400 anos da cidade para assegurar as ligações entre Cacheu e São Domingos. O navio ainda navegou durante oitos anos, mas uma avaria, seguida da guerra civil, ditaram quase a sua morte. Treze anos depois e com reparações na ordem dos 200.000 euros, o IV Centenário de Cacheu já está no porto de Bissau à espera dos primeiros 150 passageiros para levar para Bolama.
"O navio surge para responder às expectativas das populações, às necessidades, ao direito de ir e vir das pessoas que do mar dependem. Vamos fazer um preço que esteja do alcance da própria população", diz Mário Loureiro, acrescentando que a ligação será semanal.
 A decisão do Governo de reparar o barco foi tomada em Janeiro de 2009, após os trágicos acidentes ocorridos no mar, em que morreram 84 pessoas a bordo de pirogas. "Foi a pensar na forma de como gerir esse problema e para acautelar os riscos com as pirogas que fomos buscar o IV Centenário, que era praticamente um navio sucata", explica Mário Loureiro.
"É inconcebível, no século XXI, as pessoas ainda viajarem de piroga", considera o director do Porto de Bissau. "Somos um país ribeirinho de vocação atlântica e é preciso criar infra-estruturas marítimas que possam responder às necessidades das populações, das pessoas que têm esse direito também", salienta, garantido que vão continuar a recuperar embarcações.
O IV Centenário de Cacheu tem capacidade para 150 pessoas e para 10 toneladas de carga, tendo sofrido intervenções no casco, nas maquinarias, nos motores e no gerador.

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