Portugueses descobrem mecanismo que confere imunidade à malária

2011-05-02 14:47:42






Lisboa - Uma equipa de investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), descobriu a razão pela qual a anemia falciforme confere imunidade à malária.

O estudo, que será publicado na próxima edição da revista Cell, a mais prestigiada revista mundial de ciências da vida, foi conduzido por uma equipa do Instituto Gulbenkian de Ciência liderada por Miguel Soares.

A anemia falciforme é uma doença genética do sangue em que os glóbulos vermelhos apresentam a forma de uma foice. Esta doença é provocada por uma mutação no gene que codifica a hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte do oxigénio nos glóbulos vermelhos.

Duas cópias da mutação causadora da anemia falciforme num indivíduo podem fazer com que a esperança de vida desse indivíduo seja reduzida mas, indivíduos com apenas uma cópia da mutação, tornam-se resistentes à malária.

Na África subsariana verificou-se que havia uma enorme quantidade de pessoas com esta doença. Miguel Soares afirma que «devido ao seu efeito protector contra a malária, a mutação causadora da anemia falciforme terá sido seleccionada naturalmente na África tropical, onde a malária é historicamente uma das principais causas de mortalidade».

De acordo com o Expresso, Ana Ferreira, uma das outras investigadoras envolvidas no estudo, descobriu que a produção de monóxido de carbono provocada pela hemoglobina falciforme impede que o parasita Plasmodium (o que transmite a malária) cause uma reacção no hospedeiro que leve à sua morte.
(c) PNN Portuguese News Network
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