Líderes muçumanos manifestam solidariedade ao PM

Líderes muçumanos manifestam solidariedade ao PM 


Bissau - Pelo menos 30 chefes religiosos muçulmanos e anciões apresentaram hoje (quarta-feira) votos de solidariedade ao primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, alvo de críticas de partidos da oposição que pedem a sua demissão do cargo, noticia a LUSA 
 
Num encontro aberto aos jornalistas no salão onde decorre o Conselho de Ministros, a delegação, chefiada por Alanso Faty, vice-presidente do Conselho Nacional Islâmico, disse ao chefe do Governo que quiseram manifestar-lhe a sua solidariedade. 
 
"Estamos aqui como chefes religiosos que somos, muçulmanos, não estamos aqui para dizer este tem razão ou aquele tem culpa, não. O que queremos é manifestar a nossa solidariedade ao primeiro-ministro e pedir-lhe que continue a levar a Guiné-Bissau para a frente", indicou Alanso Faty. 
 
Em nome dos imãs, Mamadu Ali Djaló, da mesquita de Bissau, afirmou que os políticos deviam ter em conta que a estabilidade "é o bem fundamental e que todos precisam dela", pelo que pediu aos partidos políticos que a preservem. 
 
Os chefes muçulmanos alertaram os partidos políticos sobre a proximidade do "mês sagrado" que é o Ramadão e que deve ocorrer em Agosto de 2011, lembrando que "era bom que não houvesse perturbações" no país. 
 
Um grupo de 17 partidos da oposição, embora a maioria sem representação parlamentar, está a exigir a demissão de Carlos Gomes Júnior através de manifestações nas ruas de Bissau. 
 
O grupo, encabeçado pelo Partido da Renovação Social (PRS), principal força da oposição, diz que Carlos Gomes Júnior tem que sair da chefia do Governo para responder perante a justiça por alegados crimes, nomeadamente, a responsabilidade ou cumplicidade pelos assassínios de figuras políticas do país em 2009, entre as quais o ex-Presidente 'Nino' Vieira. 
 
Na sequência destas acusações, o chefe do Governo pediu à Procuradoria-Geral da República a abertura de um inquérito. 
 
O primeiro-ministro disse aos chefes muçulmanos que vai continuar "a servir o povo da Guiné-Bissau" e que jamais se vai demitir do cargo para o qual foi eleito nas urnas. 
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