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Militares das FAA concluem formação para missão na Guiné-Bissau | |
Luanda - Cerca de cinquenta militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) que irão substituir alguns efectivos angolanos que se encontram em missão militar na Guiné-Bissau terminaram hoje, em Cabo Ledo, província do Bengo, uma acção de carácter formativa.
Durante 21 dias, aos formandos foram ministradas matérias relacionadas com instrução e treino de força, as organizações internacionais (ONU, UA, e SADC), segurança, direitos humanos, operações de apoio a paz, relacionamento e organizações.
Na cerimónia de encerramento, o chefe adjunto da Direcção de Tropas e Ensino do Estado Maior General das FAA, tenente-general Alegria Chilombe, exortou aos tropas maior sentido de responsabilidade.
"A responsabilidade que pesa sobre vós é grande e obriga-vos a serem coerentes, disciplinados e exigentes convosco mesmo, de modo a que este exemplo constitua uma referência a nível da comunidade, o que nos orgulhará por pertencermos as FAA", destacou.
Frisou que "cada militar deve interiorizar que é um elemento catalizador e que dele se espera a melhor conduta, tornando-se num exemplo que inspira confiança".
Para o tenente-general Alegria, as qualidades psico-morais e cívicas que exaltam os militares, o espírito de missão, de corpo e exemplo na conduta social devem ser a tónica da constante actuação de cada efectivo.
Acrescentou que a educação político e patriótica deverão ser uma constante, para levar as tropas angolanas a guiarem-se pelas leis e normas de conduta localmente aceites, sendo, no entanto, intoleráveis para todos os casos de comportamentos que possam manchar a boa imagem da nação.
Exortou ainda aos militares recém formados a continuarem a observar com rigor as medidas de prevenção contra atitudes que em nada dignificam as FAA, bem como a pautarem por comportamento cauteloso perante riscos de se contraírem doenças fatais sexualmente transmissíveis.
Testemunharam o acto o comandante da Brigada de Tropas Especiais, coronel Paulo Falcão, e vários oficiais das Forças Armadas Angolanas.
A República de Angola, que desde 2010 preside a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), instalou uma Missão Militar na Guiné-Bissau para apoiar a reforma do sector de defesa e segurança deste país.
Desencadeou também outras acções, tais como apoio à modernização dos órgãos de comunicação social e formação de jornalistas guineenses, que têm a tarefa de sensibilizar os militares e a sociedade civil sobre a importância da referida reforma.
A Missão Militar Angolana na Guiné-Bissau (Missang) foi formalmente lançada neste país em 21 de Março deste ano, em Bissau, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, na presença do ministro angolano da Defesa, Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem.
Na altura, o acto ficou marcado pela apresentação do efectivo das FAA composto por cerca de 200 elementos de diferentes especialidades, que têm sido o suporte das tarefas que as forças armadas da Guiné-Bissau desenvolvem no âmbito da sua reestruturação.
A Guiné-Bissau também é membro da CPLP.