Bissau - Em entrevista exclusiva à PNN o Chefe do Estado-Maior da Armada Guineense, José Américo Bubo Na Tchuto respondeu às acusações sobre o seu suposto envolvimento narcotráfico, reagiu às acusações dos Estados Unidos e posicionamento da União Europeia. Bubo Na Tchuto falou também do assassinato de Nino Vieira, contou a sua versão do exílio na Gâmbia, dos acontecimentos de 1 de Abril de 2010, e da chegada de uma missão angolana ao país.
Rotulado pelos Estados Unidos da América (EUA), e pela imprensa internacional, como um dos principais «barões» do narcotráfico na Guiné-Bissau, o Contra-Almirante Bubo Na Tchuto rejeita todas as acusações. «São acusações falsas contra mim. Não conheço a Colômbia nem sei falar em Espanhol», disse Bubo Na Tchuto à PNN. «Eu sou inocente, quero que as pessoas me forneçam provas reais destas acusações, que me digam que fui apanhado nestas circunstâncias. Onde estão as provas? Não têm provas» e sublinha, «não sou um criminoso na Guiné-Bissau. Estou tranquilo, para qualquer parte do mundo que eu queira ir, eu vou sem qualquer problema.»
Também a União Europeia pretendeu aplicar sanções contra Bubo Na Tchuto e António Indjai por alegado envolvimento no narcotráfico. Uma proposta vetada pela diplomacia portuguesa. «Para mim há uma outra “União Europeia instalada aqui na Guiné-Bissau”. Pessoalmente sei que a União Europeia nunca vai pensar em aplicar-me sanções porque não existem provas contra mim, nem contra António Indjai ou Ibraima Papa Camará. Mas, existem pessoas, aqui no país, que estão a denegrir as nossas imagens, e há pessoas aqui que andam a usar estes rumores e a lançá-los para exterior», afirma Na Tchuto.
Depois de um exílio na Gâmbia, Bubo Na Tchuto garante que uma das razões que justificou o seu regresso à Guiné-Bissau foi o facto das conclusões da comissão de inquérito não terem encontrado elementos que o incriminassem numa tentativa de Golpe de Estado ou de estar envolvido no assassinato de Nino Vieira e Tagmé. O contra almirante afirma que ficou «triste e chorou» quando foi informado do duplo assassinato. «Eles não deviam morrer desta forma enquanto combatentes da liberdade da pátria».
Bubo Na Tchuto garante também que desconhecia que estava em curso a revolta militar de 1 de Abril de 2010 que destitui Zamora Induta da chefia do Estado-Maior. «Não, não sabia de nada. Apenas alguns sinais. E na sede da ONU elementos da tropa informaram-me que eu podia sair».
Sobre Zamora Induta, Bubo Na Tchuto não poupa as criticas: «Esse Zamora que vocês falam, não é militar, nunca passou na academia militar, é um civil. Mas estamos na Guiné-Bissau e mesmo a um animal selvagem tudo acontece. Se eu estivesse cá na altura da morte de Tagme isto não aconteceria, nem patente de general ele atingiria, ele teve essa sorte depois da morte de Tagme».
Bubo Na Tchuto assumiu a presidência da Comissão Mista entre Angola e a Guiné-Bissau, no âmbito das reformas nos sectores da defesa e segurança. O Contra Almirante faz o seu balanço: «Os primeiros elementos da equipa angolana já começaram a chegar, recebi os responsáveis desta delegação e aguardo a chegada do Ministro da Defesa da Angola, para darmos início aos trabalhos e colocarmos os técnicos angolanos nas áreas militares assim como nas unidades policiais. É uma equipa completa que vem ao país para nos dar apoio neste processo de reforma. Em breve a missão chega ao país para iniciar os trabalhos de reparação de diferentes unidades militares, edifício do Estado-Maior General das Forças Armadas e do Centro de Instrução Militar de Cumeré. Esta missão é bem-vinda ainda para mais que Angola é um país irmão da Guiné-Bissau».
(Leia a entrevista na integralidade na edição de Março da Password Confidential Newsletter – solicite um exemplar gratuito através do mail password@pnn.pt)
Também a União Europeia pretendeu aplicar sanções contra Bubo Na Tchuto e António Indjai por alegado envolvimento no narcotráfico. Uma proposta vetada pela diplomacia portuguesa. «Para mim há uma outra “União Europeia instalada aqui na Guiné-Bissau”. Pessoalmente sei que a União Europeia nunca vai pensar em aplicar-me sanções porque não existem provas contra mim, nem contra António Indjai ou Ibraima Papa Camará. Mas, existem pessoas, aqui no país, que estão a denegrir as nossas imagens, e há pessoas aqui que andam a usar estes rumores e a lançá-los para exterior», afirma Na Tchuto.
Depois de um exílio na Gâmbia, Bubo Na Tchuto garante que uma das razões que justificou o seu regresso à Guiné-Bissau foi o facto das conclusões da comissão de inquérito não terem encontrado elementos que o incriminassem numa tentativa de Golpe de Estado ou de estar envolvido no assassinato de Nino Vieira e Tagmé. O contra almirante afirma que ficou «triste e chorou» quando foi informado do duplo assassinato. «Eles não deviam morrer desta forma enquanto combatentes da liberdade da pátria».
Bubo Na Tchuto garante também que desconhecia que estava em curso a revolta militar de 1 de Abril de 2010 que destitui Zamora Induta da chefia do Estado-Maior. «Não, não sabia de nada. Apenas alguns sinais. E na sede da ONU elementos da tropa informaram-me que eu podia sair».
Sobre Zamora Induta, Bubo Na Tchuto não poupa as criticas: «Esse Zamora que vocês falam, não é militar, nunca passou na academia militar, é um civil. Mas estamos na Guiné-Bissau e mesmo a um animal selvagem tudo acontece. Se eu estivesse cá na altura da morte de Tagme isto não aconteceria, nem patente de general ele atingiria, ele teve essa sorte depois da morte de Tagme».
Bubo Na Tchuto assumiu a presidência da Comissão Mista entre Angola e a Guiné-Bissau, no âmbito das reformas nos sectores da defesa e segurança. O Contra Almirante faz o seu balanço: «Os primeiros elementos da equipa angolana já começaram a chegar, recebi os responsáveis desta delegação e aguardo a chegada do Ministro da Defesa da Angola, para darmos início aos trabalhos e colocarmos os técnicos angolanos nas áreas militares assim como nas unidades policiais. É uma equipa completa que vem ao país para nos dar apoio neste processo de reforma. Em breve a missão chega ao país para iniciar os trabalhos de reparação de diferentes unidades militares, edifício do Estado-Maior General das Forças Armadas e do Centro de Instrução Militar de Cumeré. Esta missão é bem-vinda ainda para mais que Angola é um país irmão da Guiné-Bissau».
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