Situação na Guiné-Bissau é tranquila


Bissau - A situação na Guiné-Bissau é tranquila e isso significa que as forças vivas da nação estão empenhadas em prosseguir os seus esforços, com vista a estabilidade política do país, considerou sábado, em Bissau, o ministro da Defesa, Aristides da Silva.
 
Falando à imprensa à margem da visita do seu homólogo angolano, Cândido Pereira Van-Dúnem, iniciada no mesmo dia, o responsável afirmou haver segurança na Guiné-Bissau, sustentando as suas declarações ao pleno funcionamento das instituições da República. 
 
“Pensamos que essa segurança pode ser melhorada através da reforma das forças armadas para que possamos acautelar definitivamente a tranquilidade e a estabilidade política, condições indispensáveis para o desenvolvimento social e económico do país”, sublinhou.
 
Neste sentido, disse que as autoridades guineenses esperam que a Missão Técnica Militar e de Segurança Policial de Angola na Guiné-Bissau “Missang”, que será lançada segunda-feira, em Bissau, contribua nos esforços tendentes à reestruturação das forças armadas.
 
“Consideramos uma condição indispensável a modernização das forças armadas para assegurar a estabilidade política do nosso país”, frisou o ministro em declarações a jornalistas angolanos, quando aludia ao protocolo de cooperação rubricado entre Angola e Guiné-Bissau no domínio da defesa e segurança.
 
Instado sobre a vantagem do projecto, Aristides da Silva assinalou que o mesmo consistirá na assistência técnica-militar às forças armadas guineenses, no que concerne à logística, meios de aquartelamento, telecomunicações, saúde militar, bem como a componente policial.
 
“Pensamos que com a experiência angolana, podemos tirar benefícios importantes que possam contribuir para que a Guiné-Bissau tenha forças armadas reestruturadas e modernizadas, como consta do programa de reforma da defesa e segurança”, argumentou.
 
Informou que o programa estabelece a redução gradual dos efectivos das forças armadas e a sua distribuição em função dos ramos, para que possam reflectir os objectivos do país em termos de defesa e do papel constitucional que lhes é atribuído.
 
O governante explicou que o redimensionamento passa pela adaptação das forças armadas à actual realidade económica e social do país, e fazer com que os efectivos ganhem vocação de participar nos esforços de manutenção da paz, quer na sub-região, quer em toda a região africana.
 
Precisou que os militares, principais beneficiários desse processo, têm tomado parte do mesmo desde a concepção do projecto, fornecendo elementos que permitiram a assinatura do acordo de Setembro de 2010.
 
“O programa que comporta a assistência técnica às forças armadas e a presença de militares e policiais angolanos na Guiné-Bissau reflecte o que os militares e as nossas forças policiais pretendem, sempre no quadro dos objectivos da reforma do sector da defesa e segurança”, aclarou.
 
Enfatizou que a presença da missão angolana na Guiné-Bissau assenta num acordo perene, com vigência de dois anos, “mas que poderá durar todo o período que durar as nossas relações históricas, que considero permanentes”.
 
Aristides da Silva concluiu que em função das necessidades, objectivos e estratégias de cada momento, poder-se-á privilegiar um ou outro domínio da cooperação dos vários que constam do acordo em referência.
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